sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
E o verão também chegou!
Indo ao Centro ontem à tarde me dei conta de que é verão!
O balé em tons de cinza preludiava a intensidade do espetáculo. E de ônibus, numa das principais artérias da cidade, alvo de insistentes intervenções do poder público, acompanhei sua evolução.
De primeira, percebi que as áreas que não alagavam continuam não alagando! Aquelas que algavam, permanecem firmes em sua postura conservadora, infensas às boas intenções. Quanta falta de cidadania destas tristes e pessimistas poças e bolsões, partidárias da idéia do quanto pior melhor. Mas farei sua defesa: índices pluviométricos indicam uma desigual repartição das chuvas. Só pode ser culpa de São Pedro, e para tanto devemos ser cidadãos, e urgentemente lançar mão de nossos arsenais de farinha para Santa Clara e/ou renovar o contrato com o Cobra Coral.
Mas por outro lado arriscaria dizer que nas regiões onde não choveu...não alagou! Alguém ousaria contrariar esta assertiva?
Seja como for, nada que desafie as profetizações esportivo-paradisíacas que tem embalado nossos corações e embargado nossas vozes e, sem trocadilhos, anuviado nossos olhos!
No final, a natureza, sempre sábia e generosa, legou-nos pululantes borbulhas nas entrada da Fiocruz, bem como extensos espelhos d'água pelas calçadas, cristalinos o suficiente para quem quisesse contemplar o sol voltando novamente...
O balé em tons de cinza preludiava a intensidade do espetáculo. E de ônibus, numa das principais artérias da cidade, alvo de insistentes intervenções do poder público, acompanhei sua evolução.
De primeira, percebi que as áreas que não alagavam continuam não alagando! Aquelas que algavam, permanecem firmes em sua postura conservadora, infensas às boas intenções. Quanta falta de cidadania destas tristes e pessimistas poças e bolsões, partidárias da idéia do quanto pior melhor. Mas farei sua defesa: índices pluviométricos indicam uma desigual repartição das chuvas. Só pode ser culpa de São Pedro, e para tanto devemos ser cidadãos, e urgentemente lançar mão de nossos arsenais de farinha para Santa Clara e/ou renovar o contrato com o Cobra Coral.
Mas por outro lado arriscaria dizer que nas regiões onde não choveu...não alagou! Alguém ousaria contrariar esta assertiva?
Seja como for, nada que desafie as profetizações esportivo-paradisíacas que tem embalado nossos corações e embargado nossas vozes e, sem trocadilhos, anuviado nossos olhos!
No final, a natureza, sempre sábia e generosa, legou-nos pululantes borbulhas nas entrada da Fiocruz, bem como extensos espelhos d'água pelas calçadas, cristalinos o suficiente para quem quisesse contemplar o sol voltando novamente...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Já é carnaval!
É bom saber o quanto antes que já é carnaval!
E já não é sem tempo. Que o diga o meu peito de tanto frio.
No meio da rua, sob a lua, de dentro da bateria, e do alto da consagrada hora da melancolia, me chega a Boa Nova!
E já não é sem tempo. Que o diga o meu peito de tanto frio.
No meio da rua, sob a lua, de dentro da bateria, e do alto da consagrada hora da melancolia, me chega a Boa Nova!
terça-feira, 2 de agosto de 2011
A Night
Cordialidade e Urbanidade!
Ditas normas programáticas, no jargão jurídico. Defensáveis quando o coração deixa de bater, ou ao menos diminui seu ritmo. Isto quando confrontadas com a realidade, tão distante das mesmas, tão indiferente e grosseira, e sem resposta, e frustrante, e instigante, e esperançosa, e lacunosa, e mascarada, e confusa, e sedutora, e repugnante e reprovável, e insuficiente, e banal - uma voz feminina me lembra, sem misoginia! -, tão espetaculosamente banal - sem recorrer a artifícios literários. Tão indiferente, tão repetitiva, tão anti-clímax, tão à procura...de nada. Tão pouca. Tão sempre. Tão nunca. Tão quase. Nunca diferente. Tão convincente do contrário! Tão clara!!! E pedante. LTDA. Sem resposta. Ansiosa. Alcoólica. Insatisfatória.
Os que fazem a noite!? São somente as corujas, os morcegos, os ratos, as baratas, os mosquitos, os gatos, os vetores? Ou os que dormiram durante o dia para cumprirem a noite? Um bolo de aniversário adentra e traz a resposta!!! Mas são também vampiros ávidos. Doces vampiros! E noite e dia. Sejamos todos! Que eu também seja! A noite! Facial, tagarela, esofágica, estomacal, biliar, esfincteriana, fecal!!! Visceral e intestina? Quase nunca.
Quem tem medo do Mar Oceano?
Quem tem medo do Mar Oceano? Quem tem medo das criaturas que nele habitam?? Quem não acredita nelas?? Quem nunca as viu?? Quem as viu?? Quem acredita que ao final de uma jornada plana encontrará um desfiladeiro em direção ao nada?? Quem descreve uma trajetória curva e encontra algum lugar?? Quem circunavega?? Quem prefere a terra firme, a praia e o sol às correntezas e aos ventos que nos conduzem ao paraíso ou ao inferno perdidos e jamais encontrados?? À companhia das estrelas, dos astro-lábios, das velas, do sal, das nuvens, do céu, da neblina e da escuridão?? Quem prefere o pacífico?? Quem faz o périplo?? Quem contempla a linha do horizonte?? Quem teme cruzar o Atlântico?? O Sul ou o Norte?? Quem ousa a longitude?? Quem vislumbra a latitude?? Quem teme o Mar Oceano??
Quem não teme?!
Apologia a Críton
Por que me importo? Por quem me importo? Acabo então, decepcionntemente talvez, me importando, no sentido técnico, duro, do termo: me importando.
Me transporto para dentro de mim, trespassando, invadindo - ora, não tenho visto de entrada? -, me refugiando - voluntariamente, um auto-exílio. Gosto de estar dentro de mim. Ou prefiro? Pois é lá, ou aqui, que eu reino, eu descanso, Eu!
Expectativas insistentemente frustradas.
Comportamentos delimitadores de sujeitos.
Me delimito, me circunscrevo, me encerro: contatação, exortação e reconhecimento de um fracasso (?).
Uma retirada não anunciada encerra a questão, guela abaixo.
A velha imagem então sugere a saída. E me perdoem mais outra heresia: pro Hades com Sócrates! Quer dizer, pro inferno com ele!
Curtir!
Curtir! 3. Tornar rijo, são, saudável (uma pessoa), expondo-a ao sol, ao ar livre, segundo o Aurélio. Nas redes tem significado de colocar de molho aquilo que se diz. É?
Aos revolucionários (sic) sacralizadores dos fracos e oprimidos, ...e homofóbicos!
Dia 04/07/11, por volta das 13 horas, estação de Senador Camará, último vagão da composição que se destinava à Central do Brasil. Adentro o ambiente e percebo uma confusão generalizada, gritos, "palavras de ordem", dedos em riste, atuação discretíssima da "turma do deixa disso", camelôs, velhinhas, crianças, canelas curtas, pés descalços e tudo o mais em comoção. Pupilas dilatadas, adrenalina em profusão, garras afiadas, batimentos cardíacos nas alturas, urros!
Motivo de tamanha comoção: um casal de homossexuais masculinos se beijando, que foram, é claro, em nome da própria sobrevivência, expulsos da composição!
Esta vai pros que acreditam que "no underground repousa o refúgio/repúdio que deve depertar", e que o Direito é tão somente o bastião do conservadorismo e do reacionarismo deste país.
Pobres destituídos de imaginários e referenciais teóricos, órfãos de uma retórica decantada em verso e prosa numa época que jamais existiu. Tá bom, melhor dizer, numa época que jamais viveram. O que dá no mesmo!
Penumbra e Penúria
Pros apologetas da lucidez e pros que se põem a advertir messianicamente quanto aos riscos do abuso: as Luzes não se acenderão tão somente com um filete tênue, embaçado e intermitente de apenas um de seus matizes básicos.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Vertigem
Descalço, pé lacerado, o coxo deambula por sobre os escombros.
Pontiaguda, irregular, repugnante e farta é a ruína, impondo dor à marcha insegura, mas insistente, e resignação aos olhos.
Se assenhora então o cansaço paralisante da derrota que tão somente dissuade. Aprioristicamente impõe a inutilidade.
O corpo busca o recorrente amparo, que dá de ombros, e que se furta na desarmonia das gargalhadas sem graça.
Em baralhadas cenas, a imagem, que trans figura, desconhece tempo e espaço.
A memória imputa o recorrente desencontro. O furtivo indício sonhado.
Aflição que trespassa desde o rescaldo escalafrio a vigília.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Volúpia
.
Meu corpo é todo. Meu coração vibra sem ter nem porque. Ehhh!
Minha boca devora minha língua, lábios e dentes.
Quero mais! Quero a displicente. Insone desejo a insistente patrona da incômoda lide.
Ora, não há mais demanda, dada a oferta fora de hora. Não é oferta, na verdade é mais, é volúpia incontinenti.
Aconchego mal disfarçado de pretensões. Pouco importa!
Espreita por entre as apertadas frestas da renda. Por sobre as verticais estreitas e convergentes que deliciosamente ressaltam o que me faz salivar. E viajar solitariamente na umidade incandescente dos delicados recônditos. Ahhh! Dos sugeridos que vem à mente quando se fecham os olhos.
Insinuada! Sinuosa! Atávica e deliciosa inquietude para o órgão vômero nasal.
Pelos e papilas gustativas. Mãos que inacreditavelmente se contem com maliciosos ajustes. Aquecidas e devassas!
E facilmente conquistam um trêmulo gemido. Não pára...
Inútil pretensão de viver eternamente mergulhado.
Seja como, gozemos o fácil ronronar que soa com o indiscreto olhar boquiaberto...
terça-feira, 19 de julho de 2011
Orgânico
Reboco e luzes queimadas.
O verde que brota das vigas.
A fuligem que dá os matizes da inapelável passagem do tempo, num persistente descompasso em relação à inércia de nossas estéticas retinas.
A flanela que civilizadamente enxuga. O injustificadamente repelido lodo, insistentemente incrustado, justo limbo que impõe , indiferentemente à falta de reconhecimento de seus pais, o triunfo da vida sobre o inerte inodoro.
domingo, 17 de julho de 2011
Solilóquio
Vira-latas ao longe anunciam a chegada da madrugada. Em meio à escuridão o som se propaga mais velozmente que a luz, que se contenta em cintilar pontualmente.
Qualquer coisa é ouvida de quando em quando...
Eles se divertem brincando com a Lua. E se importam com os ignorados, numa rara atitude de reconhecida nobreza.
Soltos, tripudiam dos focinhos que se acotovelam na base dos portões. Presos ou soltos esbravejam contra os malditos equilibristas, que se lambem indiferentes do alto dos muros, e não se contentam com um único teto.
É tempo de virar latas. E revirar em busca do que foi deixado pra lá, sem valor, restante. Abandonado ou esquecido, agora assumem o poder de sugerir àqueles tem somente uma vaga, turva e obscura impressão do que perseguem.
O espaço assume uma outra dimensão. Tudo e todos se tornam notáveis, diferenciados.
Olhos à espreita, não curiosos, e sim estrategicamente vigilantes em relação a cada passo, que eventualmente oferece uma ansiada possibilidade. Sob as solas, ao faro então se aliam, e oportunisticamente garantem, à sorrelfa, à despeito, a divisão da riqueza.
Mas eis que enfim, inconvenientemente, de cantos que se desentocam das árvores, juntamente com o ronco dos motores à diesel, outorga-se o final deste universo de sonhos, fantasmas e sombras, trazendo à baila o ferro em brasa sob a ofuscante e monotemática luz do sol.
Tolices a bombordo
Atitudes, posicionamentos, ideologias naftalenas. Liquidação de grifes estilizadas promitentes de distinção.
Vermelho ou preto amarelados, pavilhões desbotados desfraldados insistentemente com a fidelidade dos que de imediato e sempre permanecem descobrindo as Índias (sic). Pretensos navegadores, piedosos devotos, crentes de suas cartas que invariavelmente conduzem para a mesma direção nenhuma, inadvertidamente datadas em face da discreta marola que embala os quadris dos ignorantes.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Metal
Fio que recorta, obedientemente, um longo caminho entre o pão e a carne, fazendo verter saciedade, sangue, prazer e dor.
Reluzente, fosco, cego ou não, mas que sempre arregala.
Trespassa, serrilha, abre picada, lima.
Aponta escarifica.
Lâmina purificadora, precisamente instrumentalizada de encontro ao que Ele insistentemente manifesta em nossos corpos.
Ataque e defesa no abençoado tilintar do metal, e no ponderado e opaco impacto do inerte no animado, que pulsa.
Nos pulsos, na interrupção das correntes vitais, no extirpar do que jaz inanimado, na furiosa pungência com que secciona grilhões.
Gumes infectantes, seladores de pactos graças à sua capacidade de imiscuir, não obstante o cabo e a bainha que inutilmente se propõem a ofertar segurança a quem é seduzido pelos riscos.
Reluzente, fosco, cego ou não, mas que sempre arregala.
Trespassa, serrilha, abre picada, lima.
Aponta escarifica.
Lâmina purificadora, precisamente instrumentalizada de encontro ao que Ele insistentemente manifesta em nossos corpos.
Ataque e defesa no abençoado tilintar do metal, e no ponderado e opaco impacto do inerte no animado, que pulsa.
Nos pulsos, na interrupção das correntes vitais, no extirpar do que jaz inanimado, na furiosa pungência com que secciona grilhões.
Gumes infectantes, seladores de pactos graças à sua capacidade de imiscuir, não obstante o cabo e a bainha que inutilmente se propõem a ofertar segurança a quem é seduzido pelos riscos.
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