quarta-feira, 27 de julho de 2011

Volúpia

 
    .
 

       Meu corpo é todo. Meu coração vibra sem ter nem porque. Ehhh!
       Minha boca devora minha língua, lábios e dentes.
       Quero mais! Quero a displicente. Insone desejo a insistente patrona da incômoda lide.
       Ora, não há mais demanda, dada a oferta fora de hora. Não é oferta, na verdade é mais, é volúpia incontinenti.
       Aconchego mal disfarçado de pretensões. Pouco importa!
       Espreita por entre as apertadas frestas da renda. Por sobre as verticais estreitas e convergentes que deliciosamente ressaltam o que me faz salivar. E viajar solitariamente na umidade incandescente dos delicados recônditos. Ahhh! Dos sugeridos que vem à mente quando se fecham os olhos.
      Insinuada! Sinuosa! Atávica e deliciosa inquietude para o órgão vômero nasal.
      Pelos e papilas gustativas. Mãos que inacreditavelmente se contem com maliciosos ajustes. Aquecidas e devassas!
      E facilmente conquistam um trêmulo gemido. Não pára...
      Inútil pretensão de viver eternamente mergulhado.
      Seja como, gozemos o fácil ronronar que soa com o indiscreto olhar boquiaberto...

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